Família...

No dia a dia nos envolvemos com tantas coisas, o trabalho, o estudo, as contas, os compromissos, deixamos de viver os momentos que são eternos, aqueles que marcam por toda vida, como desfrutar da família, ter prazer com os filhos, um bom relacionamento com os amigos, deixamos de dar valor à momentos marcantes para correr atrás do passageiro.
Como está escrito em Exôdo 20:12: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá.” Após uma conversa com meu pai, fiquei pensando em tudo que ele e minha mãe haviam feito por mim, fiquei bem triste pois demorou muito tempo para que eu realmente entendesse um pouquinho de todo aquele esforço e dedicação para comigo. Também pensei na Patty, na sua história, tudo o que ela passou, todo apoio que ela e seu irmão tiveram em meio aos momentos mais difíceis.
Foi preciso o Senhor me abençoar com uma famíla para que eu pudesse dar o devido valor que esta merece. Pessoas que, muitas vezes, começaram do nada, que em meio as circunstancias desta vida conseguiram vencer, ser exemplo. Me lembro de meu pai falando como teve que trabalhar ainda criança para poder ajudar nas despesas, alimentando o sonho de constituir sua própria família, e, junto com minha mãe, proporcionar aos filhos coisas que eles nunca tiveram. Da mesma forma com a família da Patty, onde sua avó tinha que ficar em casa cuidando dos filhos enquanto seu avô trabalhava para manter aquela grande família, e a medida que os filhos iam crescendo, também trabalhavam para ajudar em casa!!! Nas duas famílias uma coisas em comum, uma base de respeito, união, amizade e amor, claro, demonstrada de forma, até certo ponto, bem diferente por serem culturas distintas, mas o resultado é o mesmo, não importa a situação, ali está a família.

Em Eclesiastes 3:4 está escrito: “Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar…” São momentos que vão desde a morte de pessoas que tanto amamos, até o nascimento de alguém que vamos aprender a amar, mas nos dois algo em comum, a presença da família. Nos momentos mais difíceis estende a mão, consola, fortalece, nos momentos de alegria, é aquela satisfação!!! Em meio a tudo isso nasce aquele algo mais, aquela amizade, aquele sentimento que o tempo e a distância não podem apagar, aquela cumplicidade, como se a sua alegria fosse a minha alegria, e a sua dor fosse a minha dor, como está em Romanos 12:10: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.”
No trabalho nos empenhamos ao máximo, damos o nosso melhor, respeitamos nosso chefe, afinal, o mundo está em crise; nos estudos sempre algo novo, agora precisa deste curso, depois daquele, e não medimos esforços para alcançar nosso objetivo; até mesmo nas igrejas, tanto esforço para ganhar as vidas lá fora, sendo que, muitas vezes, vidas na nossa própria família estão necessitando de uma palavra, de alguém que simplesmente esteja ali por elas, de pais que sejam mais amigos de seus filhos, de um marido que ame mais a sua esposa, de uma esposa que respeite mais o seu marido. Nestas horas eu vejo o cuidado de Deus conosco, fazendo de tudo para nos resgatar do engano, dando o seu próprio Filho para que fossêmos feitos filhos, aquele que antes era meu Criador, agora é meu Pai, a formalidade que antes existia para chegar a Sua presença agora abre espaço para a liberdade, o conforto e a segurança da relação Pai e filho. Por isso que a família nos marca tanto, porque antes que o homem imaginasse a seu respeito, ela já fazia parte dos planos de Deus.


“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus…” (João 1:12)

Rafael e Patrícia Costa